terça-feira, 22 de maio de 2012

CASA DE JUREMA MARIA DA LUZ DÁ INÍCIO AO 1º FORUM DE JUREMA DE AREIA BRANCA


No último dia 17 do corrente mês, aconteceu o 1º Forum de Jurema. O encontro foi promovido pela Casa de Jurema Mestra Maria da Luz que tem como Juremeiro Noamã Pinheiro (Babalorixá do Ile Asé Dajo Iya Omi Saba) As discussões foi sobre o tema A Jurema Nossa de Cada Dia, onde cada cultuador da jurema falou sobre a importância e os benefícios espirituais que a Jurema proporciona na vida de cada um. 

O Forum organizado pelo Juremeiro Noamã, teve como palestrantes principais o Mestre Zédequias e a Guardiã Lúcia Helena e a participação de vários Juremeiros da Cidade (destaque para a Juremeira Mestra Maria Pinheiro).

Como sempre a Casa de Jurema ou o Ilé Asé Dajo Iya Omi Saba tem sido pioneira nas discussões e provocações para o entendimento e enfrentamento do seguimento Afro-Ameríndio na cidade de Areia Branca. Por isso, é que tem o respaldo que tem; por que visa o bem comum para todos os Juremeiros e Candomblecistas e Umbandistas. 

Bem que muitos poderiam se espelhar nesse exemplo!

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Imagens cedida do blog MINHA UMBANDA


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Casa de candomblé O Ilê Asé Dajó Iyá Omi Sabá promove fórum religioso com abordagem social da Jurema



Casa de Candomblé promove fórum que debaterá a jurema

O Ilê Asé Dajó Iyá Omi Sabá e Casa de Jurema Mestra Maria da Luz promoverá no próximo dia 17, quinta-feira, as 19:00h, o 1° Fórum de religiosos do culto a jurema santa e sagrada da cidade de Areia Branca.

O Fórum que terá abordagem social (sem culto religioso), cujo tema é “A Jurema Nossa de cada dia”, contará com palestras dos juremeiros Zedequias da Rocha e Lúcia Helena, exímios conhecedores da tradição da jurema sagrada no nordeste brasileiro.                                       (Mãe Lucia Helena)
(babalorixá Noamã Pinheiro)

          
O babalorixá Noamã Pinheiro convida juremeiros, umbandistas e população em geral para fórum

De acordo com o Babalorixá Noamã Pinheiro, o encontro que acontecerá na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais situada a Rua Desembargador Filgueira, próximo a Escola Vingt Rosado Maia, deverá reunir juremeiros, umbadistas e simpatizantes em geral.

A Jurema Sagrada

Jurema sagrada como tradição “mágica” religiosa, ainda é um assunto pouco estudado. É uma tradição nordestina que se iniciou com o uso desta planta pelos indígenas da região norte e nordeste do Brasil, mas que, atualmente possui influências as mais variadas, e que vão desde a feitiçaria  européia até a pajelança, xamanismo indígena, passando pelas religiões africanas, pelo catolicismo popular, e até mesmo pelo esoterismo moderno, psicoterapia psicodélica e pelo cristianismo esotérico. No contexto do sincretismo brasileiro afro-ameríndio, a presença ou não da jurema como elemento sagrado do culto vem estabelecer a diferença principal entre as práticas de umbanda e do catimbó.

Origem

A jurema sagrada é remanescente da tradição religiosa dos índios que habitavam o litoral da Paraiba, Rio Grande do Norte e no Sertão de Penambuco e dos seus pajés, grandes conhecedores dos mistérios do além, plantas e dos animais. Depois da chegada dosafricanos no Brasil, quando estes fugiam dos engenhos onde estavam escravizados, encontravam abrigo nas aldeias indígenas, e através desse contato, os africanos trocavam o que tinham de conhecimento religioso em comum com os índios. Por isso até hoje, os grandes mestres juremeiros conhecidos, são sempre mestiços com sangue índio e negro. Os africanos contribuíram com o seu conhecimento sobre o culto dos mortos egun e das divindades da natureza os orixás voduns e inkices. Os índios, estes contribuíram com o conhecimento de invocações dos espíritos de antigos pajés e dos trabalhos realizados com os encantados das matas e dos rios. Daí a jurema se compor de duas grandes linhas de trabalho: a linha dos mestres de jurema e a linha dos encantados.

Culto

O culto da Jurema está para a Paraíba, assim como o de Iroko está para a Bahia. Esta arvore tipicamente Nordestina, era venerada pelos índios potiguares e tabajaras, da Paraíba, muitos séculos antes da descoberta Brasil. Em Pernambuco, existe um município cujo nome é Jurema devido a grande quantidade destas árvores que ali se encontra. A jurema (mimosa hostilis), depois de crescida, é uma frondosa árvore que vive mais de 200 anos. Todas as partes dessa árvore são aproveitadas: a raiz, a casca, as folhas e as sementes, utilizadas em banhos de limpeza, infusões, ungüentos, bebidas e para outros fins ritualísticos. Os devotos iniciados nos rituais do culto são chamados de “Juremeiros”. Foi na cidade de Alhandra, município a poucos quilômetros de João Pessoa, que esse culto, na forma do Catimbó alcançou fama. A Jurema já era cultuada na antiguidade por pelo menos dois grandes grupos indígenas, o dos tupis e o dos cariris também chamados de tapuias. Os tupis se dividiam em tabajaras e potiguares, que eram inimigos entre si. Na época da fundação da Paraíba, os tabajaras formavam um grupo de aproximadamente cinco mil índios. Eles ocupavam o litoral e fundaram as aldeias Alhandra e a de Taquara.

Apoio cultural: Prefeitura Municipal de Areia Branca, Gerencia Executiva de Turismo e Comunicação, Fundação Areia Branca de Cultura, Sindicato dos Servidores Públicos Municipal.

Postado por: Minha Umbanda